Desde as primeiras análises psíquicas propostas por Freud, passando pelos avanços de Lacan, o aprofundamento simbólico de Jung e os desenvolvimentos contemporâneos, compreendemos que a origem de grande parte de nossos sofrimentos está ligada ao cérebro.

O que não se sabia, até pouco tempo atrás, era como essas dores se formavam ou por que emergiam justamente nessa região do corpo. Durante séculos, diferentes culturas e religiões atribuíram tais manifestações a forças espirituais ou mesmo a influências demoníacas. Esse estigma ainda resiste de forma sutil, até entre os mais céticos.

Hoje, com o avanço da ciência e da tecnologia, sabemos que os fatores que moldam nossa psique não vêm do sobrenatural, mas de algo muito mais concreto: a epigenética.

A epigenética revela que nossos genes não são um destino imutável. Eles podem ser ativados ou silenciados conforme estímulos externos e internos. Isso significa que nossa saúde mental pode ser profundamente influenciada por:

  • toxinas presentes nos alimentos,

  • ondas eletromagnéticas,

  • substâncias aplicadas na pele,

  • qualidade do sono,

  • prática (ou ausência) de exercícios físicos,

  • hidratação,

  • deficiências de vitaminas e minerais.

Esses fatores dialogam diretamente com o inconsciente e modulam nossas emoções, nossos comportamentos e até o risco de desenvolver transtornos mentais.

Diante desse novo cenário, a psicanálise não pode mais ser apenas escuta e acolhimento. Ela se torna uma prática que, aliada à epigenética, é capaz de investigar e tratar a causa raiz do sofrimento humano, oferecendo um caminho personalizado, preciso e eficaz.

O que antes era um processo longo, empírico e muitas vezes sem resultados concretos, agora se transforma em uma abordagem que une ciência, mente e corpo.

A psicanálise do futuro já chegou — e pode ser o diferencial não apenas para vivermos mais tempo, mas para vivermos uma longevidade saudável, equilibrada e plena.